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Em qual estágio da mudança de hábito você esta?

Mudar é difícil, uma caminhada longa e cheia de percalços, estou aqui para descrever cada uma dessa fases e te mostrar que é possível mudar sim.


Adotar um novo estilo de vida não é tão fácil e rápido como descrevem nas redes sociais, levamos anos pra construir a rotina que temos hoje e não conseguimos mudar tudo isso em "21 dias", não se engane, com certeza não é uma falha ou simplesmente falta de foco ou força de vontade que te impede de mudar.


A mudança vai muito além da motivação, envolve "resiliência" uma palavra que esta muito em moda, mas que acumula uma série de sentimentos, vou me repetir por várias vezes e de várias formas nesse texto, o intuito disso é normalizar recomeços, pois sempre haverão recaídas.

Vamos falar um pouquinho das fases do modelo transteórico desenvolvido por pesquisadores norte americanos James O. Prochaska e Carlo DiClemente, na década de 80, mediante estudos com tabagistas.¹ O modelo transteórico utiliza estágios de mudança para integrar processos e princípios de mudança provenientes das principais teorias de intervenção, o que explica o prefixo "trans" de sua nomenclatura. Frequentemente, é também denominado modelo de estágios de mudança de comportamento.¹.²


  1. Pré-contemplação: a mudança comportamental ainda não foi considerada pelo indivíduo e não há intenção de adotá-las num futuro próximo (considera-se, geralmente, seis meses).² Não considera a possibilidade de mudar, nem se preocupa com a questão.³

  2. Contemplação: O indivíduo começa a considerar a mudança comportamental. Isto é, pretende alterar o comportamento no futuro, mas ainda não foi estabelecido um prazo.² Admite o problema, é ambivalente e considera adotar mudanças eventualmente.³

  3. Decisão: Estágio também denominado preparação, pretende alterar seu comportamento num futuro próximo, como no próximo mês. Geralmente, após ter superado tentativas anteriores frustradas, são realizadas pequenas mudanças e um plano de ação é adotado, ainda sem assumir um compromisso sério.³

  4. Ação: correspondem àqueles que alteraram de fato seu comportamento, suas experiências ou seu ambiente de modo a superar as barreiras antes percebidas. Tais mudanças são visíveis e ocorreram recentemente, como nos últimos seis meses.² Inicia algumas mudanças, planeja, cria condições para mudar, revisa tentativas passada.³

  5. Manutenção, o indivíduo já modificou seu comportamento e o manteve por mais de seis meses. O foco daqueles assim classificados é prevenir recaídas e consolidar os ganhos obtidos durante a ação. Cabe ressaltar que não se trata de um estágio estático, tendo em vista que há uma continuação da mudança de comportamento iniciada no estágio anterior.² Processo de continuidade do trabalho iniciado com ação, para manter os ganhos e prevenir a recaída.³

  6. Recaída: A falha na manutenção e retomada do hábito ou comportamento anterior, faz necessário o retorno a qualquer dos estágios anteriores.³ Ocorrência de recaídas é comum e leva a uma evolução dinâmica e a um delineamento em espiral do modelo de estágios de mudança.



Como pode ver as mudanças ocorrem em espiral, compreender e não pular nenhuma das fases do processo que são necessárias para que uma mudança de fato ocorra, essas mudanças tem que ser reais em nossa rotina e isso não funciona tão somente no tabagismo como no primeiro estudo, mas em todas mudanças a serem feitas em nosso dia a dia, sejam elas alimentares, físicas ou mentais.


Imagem: https://aspectum.com.br/blog/fases-da-mudanca-comportamental

"Normalizem as recaídas e os recomeços, ninguém é forte o tempo todo...."

Se tiver difícil passar por tudo isso sozinho, procure um profissional qualificado para acompanhar e deixar claro cada passo, dar a mão em cada recaída, pode não ser rápido, mas um bom profissional estará ao lado para que essa mudança seja real em sua vida.




"Juntos somos melhores!"


Beijos

Nutri Sol Torres





Referências:


1. Prochaska JO, Di Clemente CC, Norcross JC. In search of how people change applications to addictive behaviors. Am Psychol 1992; 47(9):11021114.

2. Toral, Natacha e Slater, Betzabeth; Abordagem do modelo transteórico no comportamento alimentar. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2007, v. 12, n. 6 [Acessado 27 Setembro 2021] , pp. 1641-1650. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-81232007000600025>. Epub 23 Out 2007. ISSN 1678-4561. https://doi.org/10.1590/S1413-81232007000600025.

3. JUNGERMAN F.S. LARANJEIRA R. Entrevista motivacional: bases teóricas e práticas. São Paulo: CD UNIAD – UNIFESP, 1999.



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